Democracia

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sábado, 15 de junho de 2013

AFINAL, PARA QUE SERVE O PRÁ CUIDAR DA PROFISSÃO? (Parte 3)


AFINAL, PARA QUE O PRÁ CUIDAR DA PROFISSÃO?

(parte 3)


 

Marcos Ferreira

 

Um subproduto interessante de nossa ação consiste em que nós SOMOS PRODUTORES DE NOSSA OPOSIÇÃO.
 
Em outro texto apontei que há muitas realizações na Psicologia que são originadas nas propostas do Movimento Nacional Cuidar da Profissão. Uma das realizações mais pitorescas é a produção de quadros para a oposição. De fato, se você for contar os nomes que aparecem nas chapas de oposição que são apresentadas para concorrer conosco em Santa Catarina, um número significativo (alguma vez até a grande maioria) já pertenceu ao nosso Movimento como membros ou como apoiadores. Se forem consideradas somente as pessoas que compõem diretoria ou que estão na articulação das chapas de oposição, a proporção de colegas que são ex Cuidar da Profissão cresce mais ainda. Isso parece acontecer não só em Santa Catarina, mas também em diferentes estados do Brasil.
 
Claro, seria de se esperar que algum ex militante do nosso Movimento pudesse ter ido para a oposição porque discordou de alguma linha política ou porque descobriu algo errado em alguma de nossas práticas. Ao que parece, isso não foi o mais comum em nenhum momento de nossas gestões. O mais comum foi sempre alguém ter sido flagrado fazendo algo que não devia e não ter suportado a crítica e o convite para corrigir o que tinha sido mal feito.
 
Essa talvez seja uma das características mais fortes do Cuidar da Profissão. Fazemos crítica continuadamente a nós mesmos. O trato com os recursos de profissionais da Psicologia exige de nós essa vigilância. E, sempre, estarmos dispostos a “cortar na própria carne”, como diz a expressão popular.
 
Essa postura de crítica permanente e vigilância nem sempre agrada quem está sendo corrigido e, surpresa, alguns companheiros passaram a fazer oposição ao Movimento. Mas, houve muitos de nós que, ao percebermos que estávamos equivocados, nos dispusemos a corrigir trajetos e estamos bem contentes com nosso desenvolvimento pessoal e político. 
 
De todo modo, tudo o que acontece conosco não é secreto. Você pode perguntar o que quiser, sem qualquer tipo de constrangimento. Estou pronto a responder o que quer que possa lhe interessar. Até para que alguém não vinha a sofrer com uma generalização do problema que apontei (ir para a oposição por ter se comportado mal), será ótimo que você pergunte. Prometo ser discreto e responder simplesmente que tal pessoa nunca tenha sido nosso militante.

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